Com este artigo pretende-se argumentar pela possibilidade de uma escrita historiográfica em instância memorial, fazendo valer argumentos já esgrimidos por Ortega y Gasset, agora revistos criticamente desde uma base pragmatista. Pretende-se igualmente dar uma primeira resposta ao problema da relação de prioridade entre a história e a vida, mostrando que a vida tem desde logo um sentido historial.

A recente obra de Alexandre Franco de Sá (doravante AFS), recolhendo no essencial e após revisão, um conjunto de comunicações que o autor em boa hora publica, refere uma cerrada e notável argumentação em torno à operatividade contemporânea da filosofia política de Carl Schmitt. O presente trabalho ganha ainda mais ao ser complementado com a leitura do artigo publicado por AFS na Revista Portuguesa de Filosofia, fascículo 1 de 2003, intitulado "Do decisionismo à teologia política: Carl Schmitt...